Você deve receber tratamento para hipertensão e aterosclerose. Como melhorar sua saúde? 17

Você deve receber tratamento para hipertensão e aterosclerose. Como melhorar sua saúde? 17

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O renomado especialista em hipertensão e aterosclerose, Dr. David Ellison, explica por que os pacientes devem aderir aos medicamentos prescritos para essas condições silenciosas. Ele aborda preocupações comuns sobre efeitos colaterais e polifarmácia, destacando que os anti-hipertensivos são medicamentos consagrados, custo-efetivos e salvadores de vidas. Dr. Ellison ressalta ainda que os médicos podem ajustar as classes de medicamentos em caso de efeitos adversos. O objetivo final é prevenir acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio por meio da adesão consistente ao tratamento.

Tratamento da Hipertensão e Adesão à Medicação para Prevenção de Acidente Vascular Cerebral

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Compreensão das Condições Assintomáticas

O Dr. David Ellison, MD, destaca um desafio crítico no tratamento da hipertensão e da aterosclerose: essas condições geralmente são completamente assintomáticas. Pacientes com pressão arterial elevada normalmente se sentem bem, o que cria uma barreira significativa à adesão ao tratamento.

O Dr. Ellison contrasta isso com condições sintomáticas, como a insuficiência cardíaca. Pacientes com falta de ar estão altamente motivados a aceitar o tratamento. A ausência de sintomas na hipertensão exige uma abordagem educacional diferenciada por parte dos médicos.

Abordagem das Preocupações com a Medicação

O Dr. David Ellison, MD, aborda diretamente as objeções comuns dos pacientes à terapia anti-hipertensiva. Muitos expressam preocupação com o uso de múltiplos medicamentos, temendo possíveis efeitos adversos e frequentemente buscando informações negativas na internet.

O Dr. Ellison enfatiza que, quando prescritas adequadamente, essas medicações são "suas amigas". Ele ressalta que os anti-hipertensivos de primeira linha são usados há décadas em milhões de pacientes, são custo-efetivos e apresentam baixa incidência de efeitos adversos quando monitorados corretamente.

Manejo dos Efeitos Adversos da Medicação

O Dr. David Ellison, MD, oferece exemplos específicos de estratégias de manejo. Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) são excelentes para hipertensão, mas causam tosse em uma parcela significativa de pacientes, o que pode interferir no dia a dia.

O Dr. Ellison explica que o angioedema é uma complicação mais grave, embora rara. A solução envolve a troca para classes alternativas, como os bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA), que oferecem benefícios similares sem o efeito adverso da tosse. Essa flexibilidade permite adaptar o tratamento à tolerância individual.

Redução do Risco de Acidente Vascular Cerebral

O Dr. David Ellison, MD, apresenta evidências convincentes para a adesão ao tratamento. Estudos com centenas de milhares de pacientes demonstram uma redução dramática do risco: os anti-hipertensivos diminuem significativamente a probabilidade de AVC e infarto do miocárdio.

O Dr. Ellison observa que discutir a prevenção do AVC ressoa fortemente com os pacientes. A perspectiva de incapacitação funcional costuma motivar mais do que riscos abstratos de mortalidade. Esse benefício se aplica em praticamente qualquer idade, tornando o tratamento valioso ao longo da vida.

Estratégias de Comunicação com o Paciente

O Dr. David Ellison, MD, enfatiza a importância da comunicação aberta sobre os efeitos da medicação. Ele incentiva os pacientes a relatarem prontamente qualquer efeito adverso, em vez de interromperem o tratamento, permitindo ajustes enquanto mantêm a proteção cardiovascular.

O Dr. Anton Titov, MD, facilita a discussão ao explorar abordagens clínicas práticas. A conversa entre os dois médicos concentra-se em técnicas reais de educação do paciente, ajudando a superar os desafios únicos de tratar condições assintomáticas com eficácia.

Transcrição Completa

Dr. David Ellison, MD: A terceira questão que meus pacientes hipertensos frequentemente levantam reflete o fato de que a hipertensão e a aterosclerose incipiente são condições assintomáticas.

Diferente de um paciente com insuficiência cardíaca, que chega sem conseguir respirar e pede: "Doutor, faça qualquer coisa para me melhorar". Já os hipertensos dizem: "Eu me sinto bem. Por que tomar remédios? Não quero tantos medicamentos. Acho que fazem mal. Li na internet que todos esses remédios são prejudiciais".

Passo muito tempo explicando que os medicamentos são seus amigos. Não qualquer um, mas aqueles testados pelo tempo, usados em milhões de pacientes, com custo acessível e baixa incidência de efeitos adversos.

Mas também deixo claro: esses medicamentos só serão úteis e prolongarão sua vida se forem tomados regularmente e sem medo. Se houver algum efeito adverso, me avise.

Começamos falando sobre as classes de anti-hipertensivos. Temos três, quatro ou cinco tipos diferentes. Se uma classe incomoda, quase sempre podemos mudar para outra.

Por exemplo: os IECA são fantásticos, mas causam tosse em muitos pacientes, o que pode ser muito incômodo. Ocasionalmente, também podem causar angioedema, um efeito grave e potencialmente fatal.

Diante disso, podemos tentar um BRA, que dificilmente causa esse tipo de efeito.

Então, quando me perguntam: "Doutor, por que preciso de tantos remédios? Posso reduzir?", respondo: estudos com centenas de milhares de pessoas mostram que, ao tomar a medicação, a probabilidade de ter um AVC ou infarto é dramaticamente reduzida.

Falar sobre o risco de AVC costuma ser muito convincente, porque as pessoas às vezes temem mais a incapacitação do que a morte súbita. Ter um AVC e perder funções importantes é uma preocupação universal.

Nesse contexto, os anti-hipertensivos são claramente eficazes em reduzir a probabilidade de AVC, praticamente em qualquer idade.