Mieloma múltiplo. Avaliação da doença residual mínima. Prognóstico. 9

Mieloma múltiplo. Avaliação da doença residual mínima. Prognóstico. 9

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O renomado especialista em mieloma múltiplo, Dr. Nikhil Munshi, MD, explica por que a avaliação da doença residual mínima (DRM) é um fator prognóstico crítico. Ele detalha os dois métodos de última geração para o teste de DRM: sequenciamento de próxima geração (NGS) e citometria de fluxo de nova geração. O Dr. Munshi também esclarece os níveis de sensibilidade necessários para um prognóstico ideal. Alcançar a negatividade para DRM é o principal objetivo do tratamento, tanto para pacientes recém-diagnosticados quanto para aqueles com mieloma recidivante.

Doença Residual Mínima no Mieloma Múltiplo: Métodos de Detecção e Significado Prognóstico

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Importância Prognóstica da DRM no Mieloma Múltiplo

A resposta ao tratamento é um fator prognóstico crucial para pacientes com mieloma múltiplo. O Dr. Nikhil Munshi, MD, ressalta que a avaliação da doença residual mínima é atualmente de extrema importância. A medição da DRM impacta diretamente os desfechos dos pacientes em estudos clínicos e passou a ser utilizada como parâmetro para decisões terapêuticas no manejo do mieloma.

Sequenciamento de Nova Geração para Detecção de DRM

O sequenciamento de nova geração (NGS) é um dos dois principais métodos para avaliar a doença residual mínima. Essa técnica oferece alta sensibilidade na detecção de células remanescentes de mieloma após o tratamento. Segundo o Dr. Nikhil Munshi, MD, essa abordagem baseada em sequenciamento permite uma análise aprofundada da população de células cancerígenas. A escolha pelo método depende da familiaridade do médico e da disponibilidade nos laboratórios.

Citometria de Fluxo de Nova Geração

A citometria de fluxo de nova geração é o segundo método principal para avaliação da DRM no mieloma múltiplo. Essa técnica apresenta sensibilidade comparável às abordagens de sequenciamento para detectar doença residual. O Dr. Nikhil Munshi, MD, observa que o sequenciamento e a citometria de fluxo de nova geração têm capacidades muito semelhantes. A escolha entre eles baseia-se na preferência do médico e nos recursos institucionais disponíveis.

Níveis de Sensibilidade da DRM

A sensibilidade é um componente crítico na detecção de DRM no mieloma múltiplo. O nível preferencial é de 10⁻⁶, o que permite identificar uma célula cancerígena em um milhão de células normais. O Dr. Nikhil Munshi, MD, reconhece que limitações técnicas podem impedir o alcance dessa sensibilidade ideal. Na prática, uma sensibilidade de 10⁻⁵ (uma célula tumoral em 100.000 células) é considerada aceitável para avaliação prognóstica.

Negatividade da DRM como Objetivo de Tratamento

O principal objetivo terapêutico para pacientes recém-diagnosticados com mieloma múltiplo é alcançar a negatividade da DRM. O Dr. Nikhil Munshi, MD, destaca evidências recentes que indicam que essa meta também se aplica a pacientes com mieloma recidivado. Esse parâmetro auxilia na avaliação da resposta à terapia e orienta decisões sobre a duração do tratamento. Em discussão com o Dr. Anton Titov, MD, o Dr. Munshi enfatizou que o status da DRM define a intensidade e a duração do tratamento a ser administrado.

Transcrição Completa

Dr. Nikhil Munshi, MD: A resposta ao tratamento é um fator prognóstico importante no mieloma múltiplo. Qual é o estado da arte na avaliação de doença residual mínima em pacientes com mieloma múltiplo, e qual nível de DRM indica o melhor prognóstico possível?

Como mencionei, medir a doença residual mínima é muito importante atualmente, tanto para resultados em estudos quanto como parâmetro para decisões terapêuticas.

Existem dois métodos: um baseado em sequenciamento, chamado sequenciamento de nova geração (NGS), e o outro é a citometria de fluxo de nova geração. Ambos são muito semelhantes; o método com o qual o médico estiver mais familiarizado é aceitável.

O aspecto crítico, como você perguntou, é a profundidade necessária. O padrão preferencial é obter sensibilidade de 10⁻⁶, o que permite detectar uma célula em um milhão.

No entanto, sabemos que, por razões diversas — às vezes técnicas —, nem sempre é possível atingir essa profundidade. Portanto, na prática, aceita-se 10⁻⁵, que corresponde à detecção de uma célula tumoral em 100.000 células. Isso é considerado adequado.

É isso que devemos ter em mente. O objetivo é alcançar a negatividade da DRM em pacientes recém-diagnosticados.

Há dados emergentes indicando que essa meta também se aplica ao tratamento de pacientes com mieloma recidivado. Portanto, devemos considerar isso ao manejar os pacientes: avaliar sua resposta à terapia e determinar a duração e a intensidade do tratamento necessário.